Ditaduras e Revolução - Democracia e políticas da memória

Nonfiction, History, Spain & Portugal
Cover of the book Ditaduras e Revolução - Democracia e políticas da memória by Filipe Piedade Manuel Loff, Almedina
View on Amazon View on AbeBooks View on Kobo View on B.Depository View on eBay View on Walmart
Author: Filipe Piedade Manuel Loff ISBN: 9789724059662
Publisher: Almedina Publication: March 18, 2015
Imprint: Language: Portuguese
Author: Filipe Piedade Manuel Loff
ISBN: 9789724059662
Publisher: Almedina
Publication: March 18, 2015
Imprint:
Language: Portuguese

O que é que recordamos das ditaduras? Para que serve, vivendo em democracia, recordar a opressão e a violência ditatoriais? A memória coletiva tornou-se, cultural e politicamente, um intenso campo de batalha nos últimos 40 anos. O ciclo de transformações políticas e sociais que vai desde o final do impulso revolucionário e emancipador nos anos 1970 até à vaga de fundo neoliberal e neoconservadora que se vem espraiando desde então, tem sido, é, em quase todo o mundo, mas particularmente na Europa e no Ocidente, um campo de batalha pela construção da hegemonia no campo da memória. Essa batalha vem-se travando na perceção de que a memória das lutas sociais e políticas do passado é uma componente central da construção das condições de desencadeamento e das perspetivas de novas lutas democráticas e da sua própria viabilidade. Num dos mais longos ciclos históricos de regressão de conquistas sociais conseguidas através da luta contra o colonialismo e contra as muitas ditaduras reacionárias do séc. XX, a tentativa de liquidação da tradição revolucionária fundadora das democracias contemporâneas passa necessariamente pela eliminação do valor universal político-ideológico, ético e moral antifascista, do anticolonialismo e do antirracismo, e, em geral, contra todas as formas emancipadoras de leitura do mundo e das relações humanas. A identidade histórica das sociedades é submetida a usos políticos da memória coletiva, nelas confrontando-se diferentes políticas da memória, desenhadas como narrativas autojustificativas e autorreferenciais. Estado, movimentos sociopolíticos, instituições, indivíduos, produzem discursos memoriais, que se diferenciam por classe e grupo social, género e geração. Os estados democráticos que resultam de processos pós-autoritários dizem-se radicados na rejeição da opressão que precedeu a sua consolidação, mas parecem preferir políticas da memória que se dizem motivadas pela reconciliação. Também na historiografia e na divulgação histórica através, particularmente através dos média, desenvolveram-se, inevitavelmente, políticas da memória.

View on Amazon View on AbeBooks View on Kobo View on B.Depository View on eBay View on Walmart

O que é que recordamos das ditaduras? Para que serve, vivendo em democracia, recordar a opressão e a violência ditatoriais? A memória coletiva tornou-se, cultural e politicamente, um intenso campo de batalha nos últimos 40 anos. O ciclo de transformações políticas e sociais que vai desde o final do impulso revolucionário e emancipador nos anos 1970 até à vaga de fundo neoliberal e neoconservadora que se vem espraiando desde então, tem sido, é, em quase todo o mundo, mas particularmente na Europa e no Ocidente, um campo de batalha pela construção da hegemonia no campo da memória. Essa batalha vem-se travando na perceção de que a memória das lutas sociais e políticas do passado é uma componente central da construção das condições de desencadeamento e das perspetivas de novas lutas democráticas e da sua própria viabilidade. Num dos mais longos ciclos históricos de regressão de conquistas sociais conseguidas através da luta contra o colonialismo e contra as muitas ditaduras reacionárias do séc. XX, a tentativa de liquidação da tradição revolucionária fundadora das democracias contemporâneas passa necessariamente pela eliminação do valor universal político-ideológico, ético e moral antifascista, do anticolonialismo e do antirracismo, e, em geral, contra todas as formas emancipadoras de leitura do mundo e das relações humanas. A identidade histórica das sociedades é submetida a usos políticos da memória coletiva, nelas confrontando-se diferentes políticas da memória, desenhadas como narrativas autojustificativas e autorreferenciais. Estado, movimentos sociopolíticos, instituições, indivíduos, produzem discursos memoriais, que se diferenciam por classe e grupo social, género e geração. Os estados democráticos que resultam de processos pós-autoritários dizem-se radicados na rejeição da opressão que precedeu a sua consolidação, mas parecem preferir políticas da memória que se dizem motivadas pela reconciliação. Também na historiografia e na divulgação histórica através, particularmente através dos média, desenvolveram-se, inevitavelmente, políticas da memória.

More books from Almedina

Cover of the book Parcerias Público-Privadas by Filipe Piedade Manuel Loff
Cover of the book Política da Prova e Cultura Punitiva by Filipe Piedade Manuel Loff
Cover of the book Curso de Direito Tributário Brasileiro Vol. IV by Filipe Piedade Manuel Loff
Cover of the book Primeiras Notas ao Novo Código de Processo Civil by Filipe Piedade Manuel Loff
Cover of the book O Seguro D&O e a Proteção ao Patrimônio dos Administradores by Filipe Piedade Manuel Loff
Cover of the book Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas - 2º Edição by Filipe Piedade Manuel Loff
Cover of the book Códigos Tributários by Filipe Piedade Manuel Loff
Cover of the book Neoconstitucionalismo e Neoprocessualismo by Filipe Piedade Manuel Loff
Cover of the book Regime Jurídico da Arbitragem Tributária - Anotado by Filipe Piedade Manuel Loff
Cover of the book Manual de Direito Fiscal by Filipe Piedade Manuel Loff
Cover of the book Grupos de Sociedades à Luz da Realidade Jurídica Angolana by Filipe Piedade Manuel Loff
Cover of the book Revista de Direito Público - Ano III, N.º 6 - Julho/Dezembro 2011 by Filipe Piedade Manuel Loff
Cover of the book Deveres de Consideração nas Fases Externas do Contrato by Filipe Piedade Manuel Loff
Cover of the book Revista de Direito Público - Ano VIII, N.º 16 - Jul/dez 2016 by Filipe Piedade Manuel Loff
Cover of the book Lei da Mediação Comentada by Filipe Piedade Manuel Loff
We use our own "cookies" and third party cookies to improve services and to see statistical information. By using this website, you agree to our Privacy Policy